domingo, 6 de dezembro de 2009
Recado para a Lassuta
(minha amiga, minha inspiração, meu mestre)
Aguardo-te para um passeio junto ao rio.
(quero ver-te sorrir como uma menina inocente, quero voltar a ver a Arte pelos teus olhos)
Aguardo-te para um passeio junto ao rio.
(Tenho dois copos de vinho sobre a mesa,quero bebê-lo contigo, quero brindar a vida contigo)
Aguardo-te para um passeio junto ao rio.
letting go...
Stuck?
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Noite branca
Na noite branca, Madrid encheu-se de luz, pessoas e cultura. Vi Madrid amanhecer...
Instantes
Por isto devemos amar mais, dize-lo mais vezes, brincar mais, abraçar mais vezes, correr riscos, nao ter vergonha de errar, ficar acordado até mais tarde com um livro, rir até doer e nunca, nunca abdicar do amor. Nunca se sabe quando se apagará a luz num túnel.
L'oreja de Van Gogh - Jueves 11 de Marzo
domingo, 13 de setembro de 2009
Para a Lassuta
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Século XXI - América Latina
Peruano afirma que foi advertido que, por ser estrangeiro, 'não tinha direito a fazer declarações políticas'
Vargas Llosa fala à imprensa após incidente
CARACAS - O escritor peruano Mario Vargas Llosa ficou retido nesta quarta-feira, 27, durante 90 minutos pelas autoridades de um aeroporto da Venezuela, aonde chegou para participar entre quinta e sexta-feira de um fórum sobre liberdade e propriedade privada, informa a imprensa local. Vargas Llosa chegou às 13h30 (15h, Brasília) ao aeroporto internacional de Maiquetía, perto de Caracas, procedente da Colômbia e acompanhado de sua mulher. Segundo disseram à Agência Efe fontes organização do fórum, o escritor ficou retido por cerca de uma hora e meia.
Em declarações a jornalistas no aeroporto após o ocorrido, o escritor disse que um funcionário advertiu que por ser um estrangeiro "não tinha direito a fazer declarações políticas" na Venezuela. "Ele me disse com muita amabilidade e eu respondi que estando na terra de Bolívar (...) não deveriam ser impostas dificuldades ao livre pensamento", relatou Vargas Llosa, em meio a um alvoroço da imprensa em sua saída do aeroporto.
Segundo Vargas Llosa, sua bagagem foi submetida a "uma revista muito minuciosa". Em tom irônico, o escritor disse que não foi encontrado "nada de contrabando, material subversivo ou explosivo", apenas os livros de poesia que levava. O escritor contou que a polícia venezuelana ofereceu escolta até o hotel, mas que a rejeitou com o argumento de que não temia por sua segurança por ter muitos amigos na Venezuela.
Vargas Llosa foi por conta própria ao hotel de Caracas onde permanecerá durante sua estadia na Venezuela e não deu declarações ao chegar no local. Álvaro Vargas Llosa, filho do escritor, também ficou retido durante várias horas pelas autoridades aeroportuárias na segunda-feira passada, quando chegou à Venezuela para participar do mesmo fórum. O intelectual peruano disse, então, que foi advertido de que não deveria opinar sobre assuntos políticos internos por ser um visitante estrangeiro.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Pasatiempo
Cuando éramos niños
los viejos tenían como treinta
un charco era un océano
la muerte lisa y llana
no existía.
Luego cuando muchachos
los viejos eran gente de cuarenta
un estanque un océano
la muerte solamente
una palabra.
Ya cuando nos casamos
los ancianos estaban en cincuenta
un lago era un océano
la muerte era la muerte
de los otros.
Ahora veteranos
ya le dimos alcance a la verdad
el océano es por fin el océano
pero la muerte empieza a ser
la nuestra.
domingo, 17 de maio de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
La noche de los libros
Hoje Madrid é dos livros até à meia-noite. Por toda a cidade há actividades, leituras, tertúlias, livrarias abertas fora de horas, conferências, bancas pelas ruas e sei lá o que mais. Na televisão toda a gente recomenda livros e comenta o livro da sua vida. Enquanto decido qual é o meu livro preferido deixo a pergunta, qual é o teu? Que livros recomendas?
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Antony And The Johnsons again...
In youth's spring, it was my lot
To haunt of the wide earth a spot
To which I could not love the less
So lovely was the loneliness
Of a wild lake, with black rock bound
And the tall trees that towered around
But when the night had thrown her pall
Upon that spot as upon all
And the wind would pass me by
In its stilly melody
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
Yet that terror was not fright
But a tremulous delight
And a feeling undefined
Springing from a darkened mind
Death was in that poisoned wave
And in its gulf a fitting grave
For him who thence could solace bring
To his dark imagining
Whose wildering though could even make
An Eden of that dim lake
But when the night had thrown her pall
Upon that spot as upon all
And the wind would pass me by
In its stilly melody
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake
Springing from a darkened mind
So lovely was the loneliness
In youth's spring, it was my lot
In its stilly melody
An Eden of that dim lake
An Eden of that dim lake
Lone, lone, lonely...
Para ouvir:
http://www.youtube.com/watch?v=JJVMnKKwe6A
terça-feira, 21 de abril de 2009
A Psalm of Life
Tell me not, in mournful numbers,
Life is but an empty dream!
For the soul is dead that slumbers,
And things are not what they seem.
Life is real! Life is earnest!
And the grave is not its goal;
Dust thou art, to dust returnest,
Was not spoken of the soul.
Not enjoyment, and not sorrow,
Is our destined end or way;
But to act, that each to-morrow
Find us farther than to-day.
Art is long, and Time is fleeting,
And our hearts, though stout and brave,
Still, like muffled drums, are beating
Funeral marches to the grave.
In the world's broad field of battle,
In the bivouac of Life,
Be not like dumb, driven cattle!
Be a hero in the strife!
Trust no Future, howe'er pleasant!
Let the dead Past bury its dead!
Act,--act in the living Present!
Heart within, and God o'erhead!
Lives of great men all remind us
We can make our lives sublime,
And, departing, leave behind us
Footprints on the sands of time;--
Footprints, that perhaps another,
Sailing o'er life's solemn main,
A forlorn and shipwrecked brother,
Seeing, shall take heart again.
Let us, then, be up and doing,
With a heart for any fate;
Still achieving, still pursuing,
Learn to labor and to wait.
Poem by Henry Wadsworth Longfellow
terça-feira, 7 de abril de 2009
Fairwell
We Never Said Farewell by Mary Elizabeth Coleridge
WE never said farewell, nor even looked
Our last upon each other, for no sign
Was made when we the linkèd chain unhooked
And broke the level line.
And here we dwell together, side by side,
Our places fixed for life upon the chart.
Two islands that the roaring seas divide
Are not more far apart.
quarta-feira, 25 de março de 2009
A música espanhola
si te quitan la teta y te cambian de cuento
no te tragues la pena porque no estamos muertos
llegaremos a tiempo, llegaremos a tiempo
Si te anclaran las alas en el muelle del viento
yo te espero a un segundo en la orilla del tiempo
llegaras cuando vayas mas allá del intento
llegaremos a tiempo, llegaremos a tiempo
Si te abrazan las paredes
desabrocha el corazón
no permitas que te anuden la respiración
No te quedes aguardando
a que pinte la ocasión
que la vida son dos trazos y un borrón
Tengo miedo que se rompa la esperanza
que la libertad se quede sin alas
tengo miedo que haya un día sin mañana
Tengo miedo de que el miedo
eche un pulso y pueda mas
no te rindas, no te sientes a esperar
Si robaran el mapa del país de los sueños
siempre queda el camino que te late por dentro
si te caes te levantas, si te arrimas te espero
llegaremos a tiempo, llegaremos a tiempo
Mejor lento que parado
desabrocha el corazón
no permitas que te anuden la imaginación
No te quedes aguardando
a que pinte la ocasión
que la vida son dos trazos y un borrón
Tengo miedo que se rompa la esperanza...
Solo pueden contigo si te acabas rindiendo
si disparan por fuera y te matan por dentro
Llegaras cuando vayas mas allá del intento
Desconheço o nome da letra mas a artista é a Rosana que surpreendeu a minha resistência à música espanhola. Ouvi-a pela primeira vez na casa da família espanhola onde vivi um mês e há várias músicas da senhora que me agradam. É suposto ser muito conhecida mas para mim é novidade. Aqui fica a letra de uma dessas músicas que me caem bem :)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Meditation
Siddharta
domingo, 22 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Até parece que já o vejo...
Sophia de Mello Breyner
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
"I'm throwing my arms around Paris"- Morrissey
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Francis Bacon no Prado
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Olhar para si
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
A minha amiga Telma
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Paths
sábado, 3 de janeiro de 2009
Enigma
Impressões
Há muitos entraves linguísticos para uma portuguesa a viver em Madrid e os “false friends” são os meus principais inimigos. A mania de que qualquer Português que acrescente um “i” a todas as palavras está a falar espanhol e se consegue fazer entender, é um mito. O que é uma “mierda”. Neste caso o “i” está bem metido. Mas os madrilenos estão habituados a estrangeiros que maltratam a língua e chegam a ser simpáticos, ou condescendentes, e a fazer um esforço para entender.
De irmãos não temos quase nada, mas em Madrid é fácil sentirmo-nos um primo afastado bem recebido numas férias de Verão. Madrid é cosmopolita, agitada, cheia de contrastes e é muito difícil sentirmo-nos aborrecidos ou sem saber o que fazer. Em qualquer parte da cidade, a quase toda a hora, há sempre alguma coisa a acontecer ou algum lugar para visitar. Apesar de trabalhar grande parte do dia, ainda sinto Madrid como turista e não largo o meu guia American Express onde quer que vá. Mas o que dá mesmo muito gozo é ignorar o guia, afastarmo-nos do roteiro turístico e perdermo-nos pelas ruas. Hoje, por acaso, encontrei uma livraria de livros em inglês usados. É de uns americanos que se instalaram há uns anos e combinam num espaço, um tanto degradado mas aconchegante, uma livraria com um bar de tapas que serve brownies. Pelo que vi, parece ser um oásis para onde convergem nativos de países anglófonos. Chama-se J&J e devo lá voltar.
Uma outra coisa que se descobre quando se vive num outro país, é que damos por nós a fazer coisas que nunca tínhamos feito. Hoje, por exemplo, comecei um intercâmbio com uma espanhola. Encontrámo-nos no café mais antigo de Madrid, onde muito da vida intelectual e artística parece ter acontecido, o “Café Comercial”, para trocarmos conhecimentos linguísticos. Eu ensino-lhe inglês e, em troca, a Laura ensina-me espanhol. Pobre coitada ficou com a pior parte. O nível de Inglês dela é bom e podemos falar de arte, literatura, trivialidades, quanto a mim, vamos começar com colher, garfo e afins. A ver… (com pronúncia espanhola)
Fico-me por aqui neste relato de experiências madrilenas. Mas volto.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
La Casa Azul
http://www.youtube.com/watch?v=DkratHNQRdI&feature=related
Obrigada Reboliço.
Ano Velho,Ano Novo
Desde que me lembro de existir que penso em 12 desejos enquanto soam as 12 míticas badaladas de entrada no novo ano. Tudo estaria bem se o ritual não envolvesse mastigar e engolir 12 uvas passas em breves segundos. Quando soa a última badalada, ainda estou a lutar com o sabor e a textura da terceira uva passa. Como todos sabem, depois da última badalada e sem uvas passas, os desejos não são aceites pela entidade responsável pelo registo e validação de desejos de fim de ano. Deste modo, há anos que desperdiço desejos que poderiam enriquecer-me, oferecer-me viagens, um emprego de sonho, saúde para todos, a relação perfeita, a imortalidade, enfim, todo um mundo de detalhes que fariam da minha vida um universo de equilibrio e perfeição. E eu sei que é tudo por causa das malditas uvas passas.
Foi preciso vir viver para Madrid para descobrir que há quem cumpra o mesmo ritual mas comendo deliciosas uvas frescas e suculentas. Agora sim, vou conseguir formular desejos sem maltratar as glândulas e os receptores de paladar. Não se admirem se ouvirem falar de mim por aí, porque este ano os meus desejos são arrojados e estou certa de que se irão cumprir. Para aqueles que não gostam de uvas passas nem de uvas frescas, recomendo uma pesquisa online. Estou certa de que haverá por aí quem o faça com pepitas de chocolate, amendoins, goles de champanhe ou outra coisa qualquer que vos agrade.
Com ou sem desejos formulados, um Ano Novo repleto de coisas bonitas.