domingo, 28 de dezembro de 2008

(Imagem:Google)

We, unaccustomed to courage
exiles from delight
live coiled in shells of loneliness
until love leaves its high holy temple
and comes into our sight
to liberate us into life.
Love arrives
and in its train come ecstasies
old memories of pleasure
ancient histories of pain.
Yet if we are bold,
love strikes away the chains of fear
from our souls.
We are weaned from our timidity
In the flush of love's light
we dare be brave
And suddenly we see
that love costs all we are
and will ever be.
Yet it is only love
which sets us free.
Touched by an Angel by Maya Angelou

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"It is never too late to be what we might have been."

~ George Eliot ~
Deparei-me com esta frase de George Eliot três vezes, em três sítios diferentes durante o dia de hoje e sem estar a ler nada da autora. Decidi prestar-lhe atenção e deixá-la instalar-se no labirinto. Afinal eu acredito em resoluções de Ano Novo e ainda há tantas coisas que não sou mas gostaria de ser... Tenho é de ter cuidado com o que desejo. Houve uma passa (de uva) de 2007 que me trouxe para Madrid. Em resposta a alguns leitores tímidos que teimam em não deixar comentários mas que me fazem perguntas para o email: o Natal é em casa. Que saudades do mar na minha janela!
Feliz Navidad!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Thyssen e Filonov

(Foto:Google)



O museu Thyssen, no Paseo del Prado, apresenta a colecção de obras de arte reunidas pela família Thyssen-Bornemisza ao longo de duas gerações. As obras estão expostas nos quatro pisos do edifício e cobrem épocas desde o período medieval até ao Modernismo de vários países da Europa e dos Estados Unidos da América.

A exposição temporária, a única que tive tempo de visitar, intitulada "! 1914! The Avant-Garde and the Great War", deu-me a conhecer, entre outros, a obra de Pavel Filonov, um poeta e pintor russo do fim do Sec. XIX.

É curioso pensar como os momentos de grandes crises e tumultos sociais coincidem, quase sempre, com momentos de extraordinária criatividade e vitalidade artística. Não é de estranhar que experiências limite e uma realidade apocalíptica transformem as formas de representação e revolucionem o olhar e o discurso do artista.

A pintura acima é de Pavel Filonov, intitula-se "The German War" e é impressionante ao vivo.

Passeios madrilenos

Na Puerta del Sol, o Km 0 da cidade, as filas para comprar a lotaria de Natal tinham kilometros. Já ninguem acredita no Menino Jesus. Aqui estão alguns devotos da Santa Casa.




Passeios madrilenos

Goya, imponente, guarda o Prado

Qualquer semelhança com uma loja no Carnaval é mesmo só coincidência. Esta foto foi tirada hoje junto à Plaza Mayor. Os Madrilenos, jovens e menos jovens, passeiam pelas ruas da cidade exibindo perucas, cabeças de rena e auréolas feitas de plumas esvoaçantes.

A Plaza Mayor forma um quadrado onde se passeiam turistas, colecionadores de selos e caricas, autóctones barulhentos, observadores de camâra em punho, transeuntes apressados...


O edifício mais emblemático da Plaza Mayor é a la Casa de la Panaderia, mesmo ao centro, e ninguém fica indiferente às pinturas alegóricas na fachada do edifício.




quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pelo caminho em Madrid

Caminante, son tus huellas*
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

Antonio Machado (1875-1939)

*footprints

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Há lugares assim

(Foto:labirinto)

(Foto:labirinto)



(Foto:labirinto)


http://www.solvingstonehenge.co.uk/ :The new key to an ancient enigma?

domingo, 7 de dezembro de 2008

Por amor a Ítaca


ARTE POÉTICA

Mirar o rio, que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que passam os rostos como a água.

E sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar, sentir que a morte,
Que a nossa carne teme, é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.

E ver no dia ou ver no ano um símbolo
Desses dias do homem, de seus anos,
E converter o ultraje desses anos
Em uma música, um rumor e um símbolo.

E ver na morte o sonho, e ver no ocaso
Um triste ouro, e assim é a poesia,
Que é imortal e pobre.
A poesia Retorna como a aurora e o ocaso.

Às vezes, pelas tardes, uma face
Nos observa do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria face.

Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao avistar sua Ítaca
Humilde e verde. A arte é essa Ítaca
De um eterno verdor, não de prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e que é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.

Jorge Luis Borges in: "O Fazedor"
Trad. de Rolando Roque da Silva


sábado, 6 de dezembro de 2008

Morrissey- Years of Refusal


Morrissey's Years Of Refusal Album Art
It's been a longtime coming for Morrissey's followup to 2006's Ringleader Of The Tormentors. Or it just seems like we've been hearing about it and songs from it for quite a while. The final 12-song tracklist hasn't been entirely confirmed. So far it's unclear if "All You Need Is Me" will make the cut. It looks like That's How People Grow Up" definitely does. Speaking of which: the album art finds Moz with his little one in his (tattooed) arms.
So he's left holding the baby, right? That's his inner child? Why's there a "W" (or a butterfly?) on the tot's forehead and that mark on Morrissey's arm? Very Lil Wayne. The man (caterpillar) becomes the child (butterfly)? Very Wordsworth. Hopefully we get a bigger image soon so we can make out some of these finer points and see what M's trying to communicate to us...
Years Of Refusal is out 2/16 via Polydor/Decca. The first single "I'm Throwing My Arms Around Paris" is reportedly out 2/9.


UPDATE: Tracklist...
1. "That's How People Grow Up"


3. "Sorry Doesn't Help"

4. "When Last I Spoke To Carol"


6. "I'm OK By Myself"


8. "Black Cloud"

9. "You Were Good In Your Time"

10. "I'm Looking Forward To Going Back"

11. "I Was Bully, Do Not Forget Me"

12. "One Day Goodbye Will Be Farewell"

Comparatively cheery!
Posted at 10:55 AM by brandon in Tags:

Porto escondido

(Foto:labirinto)


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Celebração

(foto:Labirinto)


"Slow down and enjoy life. It's not only the scenery you miss by going too fast- you also miss the sense of where you are going and why."

Eddie Cantor (1892 - 1964)

Caminha/A Guarda em retiro. Um lugar perfeito para celebrar a vida.

À procura do mundo

Quem já desceu o Lima ou o Douro num dia cinzento de Inverno saberá do que falo. O Minho reserva surpresas até a quem lá cresceu, o que não é o meu caso. Entre aldeias e quintas, vilas e vilarejos, cais de pequenas embarcações convidam a fazermo-nos ao rio, a penetrar na neblina e a deambular entre a vegetação que se ergue, ao fundo, melancólica.
Hoje desci o Lima devagar, não como quem passeia ou como quem simplesmente passa, mas como quem está e se perde. Algumas das imagens que o rio generosamente me ofereceu não cabem no olhar mas enchem a memória e a alma de um travo bucólico que perdurará.
Quase a chegar a Viana, numa terra simpática de nome Carreço, encontramos o recanto onde o escritor Ruben A. decidiu ser sepultado, não obstante ter vivido e trabalhado em Inglaterra muitos anos. Apesar de adormecido sob um manto simples de granito coberto de pedrinhas cinzentas, pedacinhos de mar que se ouve e cheira ali tão perto, Ruben A. permanece na sua obra.
Presto a minha simples homenagem a um homem simples que encontrei num dia melancólico, sem pressas, ânsias ou necessidade de anular o espaço/tempo entre um instante e outro, entre um pensamento e o seguinte.


"A ânsia de matar tempo, de liquidar o espaço de dias entre um acontecimento e o que lhe sucede, transmite, tanto em casos de amor como em outros, fins importantes, um estado de alma que se preocupa exclusivamente em atingir esse alvo previamente estabelecido. Não se pensa em mais nada. Semelhante à situação criada quando se sabe de antemão que se vai encontrar determinada pessoa que nos interessa muito. Fica-se incapaz de articular palavra, de estreitar vínculo com quem quer que seja que se nos atravesse no caminho. Está-se a viver em outrem, num estado fora da relação humana do dia a dia. Nem sequer ouvimos os sons, arrepiamos a pele ao tomar conhecimento consciente de notícias que já sabíamos de antemão pertencerem ao domínio público. Esta é também a ânsia do suicida que nada mais faz entre a decisão de cometer o homicídio e a prática do acto extremo. "

Ruben A., in "O Mundo À Minha Procura I"


Para ler outros textos do autor:
http://www.citador.pt/pensar.php?pensamentos=Ruben_A_&op=7&author=1144

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Farewell by Rabindranath Tagore

I have got my leave.
Bid me farewell, my brothers!
I bow to you all and take my departure.
Here I give back the keys of my door ---
and I give up all claims to my house.
I only ask for last kind words from you.
We were neighbors for long,
but I received more than I could give.
Now the day has dawned
and the lamp that lit my dark corner is out.
A summons has come
and I am ready for my journey.
Encontrei este site inteiramente dedicado a labirintos. Fica aqui o link:

http://labyrinthsociety.org/