sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
waiting
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Olhar para si
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
A minha amiga Telma
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Paths
sábado, 3 de janeiro de 2009
Enigma
Impressões
Há muitos entraves linguísticos para uma portuguesa a viver em Madrid e os “false friends” são os meus principais inimigos. A mania de que qualquer Português que acrescente um “i” a todas as palavras está a falar espanhol e se consegue fazer entender, é um mito. O que é uma “mierda”. Neste caso o “i” está bem metido. Mas os madrilenos estão habituados a estrangeiros que maltratam a língua e chegam a ser simpáticos, ou condescendentes, e a fazer um esforço para entender.
De irmãos não temos quase nada, mas em Madrid é fácil sentirmo-nos um primo afastado bem recebido numas férias de Verão. Madrid é cosmopolita, agitada, cheia de contrastes e é muito difícil sentirmo-nos aborrecidos ou sem saber o que fazer. Em qualquer parte da cidade, a quase toda a hora, há sempre alguma coisa a acontecer ou algum lugar para visitar. Apesar de trabalhar grande parte do dia, ainda sinto Madrid como turista e não largo o meu guia American Express onde quer que vá. Mas o que dá mesmo muito gozo é ignorar o guia, afastarmo-nos do roteiro turístico e perdermo-nos pelas ruas. Hoje, por acaso, encontrei uma livraria de livros em inglês usados. É de uns americanos que se instalaram há uns anos e combinam num espaço, um tanto degradado mas aconchegante, uma livraria com um bar de tapas que serve brownies. Pelo que vi, parece ser um oásis para onde convergem nativos de países anglófonos. Chama-se J&J e devo lá voltar.
Uma outra coisa que se descobre quando se vive num outro país, é que damos por nós a fazer coisas que nunca tínhamos feito. Hoje, por exemplo, comecei um intercâmbio com uma espanhola. Encontrámo-nos no café mais antigo de Madrid, onde muito da vida intelectual e artística parece ter acontecido, o “Café Comercial”, para trocarmos conhecimentos linguísticos. Eu ensino-lhe inglês e, em troca, a Laura ensina-me espanhol. Pobre coitada ficou com a pior parte. O nível de Inglês dela é bom e podemos falar de arte, literatura, trivialidades, quanto a mim, vamos começar com colher, garfo e afins. A ver… (com pronúncia espanhola)
Fico-me por aqui neste relato de experiências madrilenas. Mas volto.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
La Casa Azul
http://www.youtube.com/watch?v=DkratHNQRdI&feature=related
Obrigada Reboliço.
Ano Velho,Ano Novo
Desde que me lembro de existir que penso em 12 desejos enquanto soam as 12 míticas badaladas de entrada no novo ano. Tudo estaria bem se o ritual não envolvesse mastigar e engolir 12 uvas passas em breves segundos. Quando soa a última badalada, ainda estou a lutar com o sabor e a textura da terceira uva passa. Como todos sabem, depois da última badalada e sem uvas passas, os desejos não são aceites pela entidade responsável pelo registo e validação de desejos de fim de ano. Deste modo, há anos que desperdiço desejos que poderiam enriquecer-me, oferecer-me viagens, um emprego de sonho, saúde para todos, a relação perfeita, a imortalidade, enfim, todo um mundo de detalhes que fariam da minha vida um universo de equilibrio e perfeição. E eu sei que é tudo por causa das malditas uvas passas.
Foi preciso vir viver para Madrid para descobrir que há quem cumpra o mesmo ritual mas comendo deliciosas uvas frescas e suculentas. Agora sim, vou conseguir formular desejos sem maltratar as glândulas e os receptores de paladar. Não se admirem se ouvirem falar de mim por aí, porque este ano os meus desejos são arrojados e estou certa de que se irão cumprir. Para aqueles que não gostam de uvas passas nem de uvas frescas, recomendo uma pesquisa online. Estou certa de que haverá por aí quem o faça com pepitas de chocolate, amendoins, goles de champanhe ou outra coisa qualquer que vos agrade.
Com ou sem desejos formulados, um Ano Novo repleto de coisas bonitas.